sábado, 6 de julho de 2024

IGREJA CATÓLIA APOSTÓLICA BRASILEIRA – 79 ANOS.

 


Pe. Francisco Artur Pinheiro Alves[1]

            Neste dia 6 de julho, a nossa Igreja Católica Apostólica Brasileira – ICAB, completa 79 anos. Um fruto da visão além de seu tempo, de Dom Carlos Duarte Costa, o Bispo de Maura, nosso São Carlos do Brasil.

             Dom Carlos enfrentou o poder a ditadura varguista e o poderoso Papa Pio XII, foi excomungado, mas não ficou cabisbaixo, com as prerrogativas de ter a sucessão apostólica, usou o direito constitucional da liberdade religiosa e oficializou a ICAB, registrando-a conforme a legislação brasileira.

             Para enfrentar as adversidades, as perseguições, fundou a Revista Luta, onde levava ao povo brasileiro, os ideais da nova igreja Católica e fazia a sua defesa e a defesa da igreja. A Revista Luta, foi um veículo de comunicação muito importante para a difusão da ICAB.

             A ICAB trouxe novas ideias para a sociedade brasileira, algumas das quais, depois adotadas pela Igreja Católica Romana. primeira delas foi a celebração da Missa em língua vernácula, já naquele ano de 1945, adotado depois pela Igreja Romana, no Concílio vaticano II, no início da década de 1960.

            Outras inovações vieram e permanecem, como a abolição da Confissão Auricular, a permissão para ordenação de padres casados, e casamento de divorciados.

            Dom Carlos Partiu do princípio de que o celibato obrigatório e a confissão auricular, não são bíblicas, foram normas instituídas centenas de anos depois do início da Igreja Cristã. Quanto ao casamento de divorciados ele se baseou no amor. Não há casamento sem amor. E o amor é a coluna mestra da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.

            A Igreja Católica Apostólica Brasileira está presente na maioria dos estados brasileiros e em dezenas de países, levando o Evangelho de Jesus Cristo a todos quanto a ela buscarem. São 79 anos de Evangelização, trabalho e muita luta.

            Viva A Igreja Brasileira! Viva Dom Carlos Duarte Costa! Viva a IGREJA CRISTÃ!



[1] Prof. Aposentado da UECE e padre da ICAB, Capelão da Capela de Taipa de Todos os Santos, na Carqueija dos Alves, Capistrano-CE.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

DOM LUIZ FERNANDO CABRAL DE BARROS E O ENCERRAMENTO DE UM CICLO NA ICAB DO CEARÁ

Pe. Francisco Artur Pinheiro Alves

            Encerou-se, dia 20 de janeiro de 2024, o mandato episcopal de Dom Luiz Fernando Cabral de Barros, como bispo diocesano de Fortaleza, da ICAB – Igreja Católica Apostólica Brasileira. Segundo Dom Manoel Rocha, Dom Fernando é o quinto bispo da Diocese de Fortaleza, desde a nomeação de Dom Raimundo Simplício, em 1961. Dom Fernando, até aqui, foi o bispo mais longevo de nossa diocese, passou 28 anos à frente da mesma.

            Dom Fernando teve a humildade e o discernimento de entregar o bastão, ao completar 75 anos de idade, é o que recomenda o estatuto da igreja, porém não é impositivo, o bispo pode ficar no cargo, enquanto tiver saúde física e mental.

            Segundo ele, em sua fala de despedida, foram muitos os desafios, as realizações, as conquistas, mas também as decepções, os contratempos. Tudo isso faz parte da caminhada do pastor. Foram ordenados muitos padres, alguns já faleceram, outros deixaram a igreja, foram para outras igrejas, onde são bispos, outros deixaram a vida religiosa e, pelo menos um, hoje é pastor evangélico. O pluralismo religioso que temos no Brasil hoje, graças em grande parte, a Dom Carlos Duarte Costa, nosso São Carlos do Brasil, que iniciou este processo de democratização no seio do catolicismo nacional, fez com que muitas outras igrejas de rito católico latino tenham sido criadas, e tais igrejas tem também, recebido padres e religiosos de nossa ICAB.

            Mas o balanço que Dom Fernando faz de sua gestão à frente da diocese de Fortaleza, é positivo, deixa diversas paróquias, capelanias e áreas de missão, instaladas, na capital e no interior. Muitas delas com sedes próprias e vigários em pleno exercício, distribuídos em Fortaleza, na região metropolitana e no interior do Ceará. O Clero ainda é pequeno, mas é coeso, unido e bem preparado.           

            Dom Fernando teve, também, uma atuação além do Ceará. Foi dirigente regional da ICAB no Norte e Nordeste, nos últimos anos, não tendo concorrido a nenhum cargo no último Concílio, pois já se preparava para a renúncia.

             Mas, o mais importante legado de Dom Fernando, é de ser um bispo amoroso, fraterno, tanto com seu clero, como e principalmente com o seu rebanho leigo, os paroquianos, os colaboradores da igreja em todas as suas instâncias. Isso nos assegura a afirmar, que Dom Fernando foi e continua sendo um bom pastor.

             Agora, como bispo jubilado, vai continuar colaborando, com seus conselhos e sua experiência episcopal, no que somos gratos, pois ainda vamos precisar muito de seus conselhos.  

            Mas a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, que está sob a jurisprudência da ICAB em Fortaleza, não pode parar, continua. Para isso Dom Fernando preparou um sucessor, Dom Francisco Célio Batista, que tendo sido Vigário Geral e bispo Coadjutor, chega com conhecimento e bagagem para tocar o barco, claro que com o apoio de todo o Clero e dos nossos fiéis.

             A Dom Fernando desejamos vida longa, saúde e que continue nos apoiando, a Dom Célio desejamos uma boa gestão e que a Diocese de Fortaleza possa crescer ainda mais, sob sua administração.

            Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!




           

 

terça-feira, 23 de abril de 2024

LANÇAMENTO DO LIVRO: CARQUEIJA DOS ALVES: Coletânea de Histórias e Memória

Pe. Francisco Artur Pinheiro Alves 

    
    Sábado, dia 21 de abril, dia de Tiradentes, tivemos, o lançamento do livro Carqueija dos Alves- Coletânea de Histórias e Memória. Foi na Biblioteca Profa. Lourdenise Pinheiro, na Carqueija dos Alves, em Capistrano-CE. Mesmo debaixo de muita chuva, que deixou a estrada com muita lama, a programação foi realizada com sucesso.
    O livro foi escrito por 20 autores, cada um contando uma história ou fazendo um comentário de uma memória vivenciada na localidade ou sobre uma pessoa da comunidade. Contém também dois cordéis sobre a Carqueija dos Alves e seus ancestrais.
    A organização foi nossa, Pe. Artur Pinheiro e o Prefácio foi do Prof. Manoel Alves de Sousa, da Universidade Estadual do Ceará
    Seguem-se as imagens que registraram o momento. As próximas fotos são do lançamento oficial, na manhã do sábado. Depois, na parte da tarde, chegaram mais pessoas e fizemos um segundo momento.





 

    À tarde, chegou outro grupo de pessoas, que veio nos visitar, e fizemos um novo momento, de lançamento, que ficou registrado na imagem a seguir.


    O livro continua à disposição dos interessados e é impresso sob encomenda. Mas foi disponibilizado em PDF nas redes sociais da comunidade.




sexta-feira, 19 de abril de 2024

HOMENAGEM AOS OS POVOS INDÍGENAS DOS CAJUAIS- CAPISTRANO-CE

 Pe. Francisco Artur Pinheiro Alves

Imagem da internet: https://agroecologiaemrede.org.br/experiencia/quintal-produtivo-da-comunidade-cajuais/ ( baixada em 19/04/2024.

            Fiquei impactado com o maravilhoso pronunciamento da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ontem à noite, em rede nacional. Considero que foi um marco na história das comemorações do Dia do Índio, agora dia dos Povos Indígenas, mudança muito propícia.

            Diante disso, resolvi, embora que sem dados mais apurados, baseado apenas em relatos praia, falar um pouco sobre os povos originários, em Capistrano, minha cidade Natal.

            A colonização do Ceará se dá a partir do início do Sec. XVIII, tendo como marco a expedição de Pero Coelho de Souza em 1603. A partir de meados daquele século, é que a colonização se efetiva, mais precisamente a partir de.1654, depois que os holandeses são expulsos do Nordeste e os portugueses, assumem o processo de colonização e povoamento do Ceará.

            A reação dos povos nativos foi muito forte, até serem vencidos na famosa Confederação dos Cariris, onde enfrentaram os colonizadores numa guerra que durou cerca de 30 anos, perdendo a guerra por não disporem de armas de fogo.

            Portanto o Ceará era habitado por muitas tribos indígenas. Na região do Maciço de Baturité predominava, a Nação dos Índios Kanindés. Provavelmente, em Capistrano eles estivessem presentes.

            O que se sabe é que na Serra dos Cajuais anos depois foram encontrados vestígios arqueológicos referentes a estes povos.

            Meu irmão Nonato Pinheiro, que foi seminarista do Seminário da Prainha em Fortaleza, conta que os Padres Pedro e Joaquim, ex-vigários de Capistrano, no início da década de 1960, receberam um pote, provavelmente uma urna funerária, de moradores dos Cajuais,  que haviam arrancado do solo local e que desconheciam a origem. Os padres teriam trazido o mesmo para Fortaleza, mas, infelizmente não se sabe o que aconteceu com esse artefato.

            Outros relatos são contados por contemporâneos, que relatam fatos contados de seus antepassados. Exemplo desses relatos temos os do Sr. Chico BISPO, um contador de histórias de Capistrano, ex-vereador. Segundo ele, quando as pessoas iam fazer alicerces das casas, muitas vezes encontravam cacos de potes e panelas de barro e até buracos, arredondados, como se ali tivesse sido enterrado uma panela ou um pote de barro. Mas, pelo que sabemos, estes cacos nunca foram preservados.

Vista parcial da cidade de Capistrano, tendo ao fundo a Serra dos Cajuais. Fonte: https://aprece.org.br/municipio/capistrano/

            Hoje Cajuais está bastante povoado, é um celeiro de hortaliças. As mulheres do local vendem Cheiro Verde, todos os dias em Capistrano e Itapiúna. Certamente não é possível fazer ali, uma escavação arqueológica, mas a memória destes relatos pode sim ser registrada. Este desafio eu deixo para os alunos de História das diversas faculdades da macrorregião e até da UECE em Fortaleza, que residem em Capistrano, Itapiúna e região. Seria muito bom resgatar estas histórias e estas memorias.

            Neste dia dos povos indígenas queremos pois, com esta crônica, homenagear nossos ancestrais dos Cajuais e região do Maciço de Baturité. VIVA OS POVOS ORIGINÁRIOS, nossos ancestrais.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CAPISTRANO NOSSO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO

 

Estação Ferroviária de Capistrano - Imagem  baixada de http://www.estacoesferroviarias.com.br/ce_crato/capistrano.htm

        Responsável pelo desenvolvimento do antigo distrito de Riachão, a estação Ferroviária de Capistrano foi inaugurada em 1890, como parte do projeto de extensão da Estrada de Ferro de Baturité, cuja meta seria alcançar o Sul do Ceará. Mesmo depois de tantos anos de extinção da estrada de ferro, o que foi péssimo para o Ceará e para o Brasil, o prédio da Estação ainda é imponente. Merece ser recuperado pelo poder público e ser bem cuidada por todos, pois é um patrimônio cultural de nossa cidade. Viva a Estação de Capistrano. 


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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

CAPISTRANO NO ANUÁRIO DO CEARÁ. Clique na link abaixo e acesse a página do Anuário do Ceará.

https://www.anuariodoceara.com.br/guia-das-cidades/fichas-dos-municipios/capistrano/



                

                                                       
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MINHAS MEMÓRIAS - CAPÍTULO I

Ano passado iniciei um projeto relatando minhas memórias. fiz três vídeos e parei. Pretendo recomeçar este ano. Foram postados no Youtub, agora as posto aqui no blog.







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