sábado, 20 de dezembro de 2014

PE BERNARDO BOURASSA EM FOTOS. estou tentando arranjar fotos do Pe. Bernardo e todas vamos publicar neste blog, para que seus amigos e admiradores tenham acesso e postem outras também. Estas duas é do álbum do casal de Capistrano ZÉ MAIA E MARIA ALICE.

PADRE BERNARDO BOURASSA
Em 2013, se vivo fosse. Pe. Bernardo completaria 100 anos. Ele é um ano mais novo que Luiz Gonzaga, rei do Baião. Pe Bernardo era canadense, vei para o Brasil, após uma temporada no Haiti, no tempo da ditadura de Babi Doch. Chegou ao Brasil em 1964, onde se instalou em Pernambuco, na grande Recife. Em 1968 chegou a Capistrano. O poeta sebastião Chicute narra este episódio, de forma brilhante, com a seguinte estrofe:
No ano de sessenta e oito
Que alguém deve lembrar
Aos onze do m~es de maio
É o que posso afirmar
Padre Bernardo chegou
Com a intenção de ficar
E ficou mesmo, por cerca de 29 anos. Ali fez um trabalho de espiritualidade, ampliou a participação da comunidade no processo de formação pastoral, preocupado com a carência da água devido as secas, construiu sete reservatórios que durante muitos anos beneficiarão a população da cidade, ajudou a muita gente.Como todo ser humano teve suas decisões polêmicas, como a derrubada da igreja vela. Mas no todo foi um grande pastor, como diz Adrianao Francelino,estava sempre  preocupado com a espiritualidade do povo,base de seu trabalho pastoral. também era preocupado com a educação da juventude, procurando ajudar com venda de material escolar barato, a preço de custo etc.
Sua vida era ancorada na moral e na rigidez da formação jesuítica  e numa prática que considero de modelo franciscana. teve uma vida pautada na retidão e na simplicidade, pois apesar de ser filho de uma família muito importante do Canadá, o Dr. Henry Bourassa, do Partido Liberal, deixou tudo lá para se dedicar a Igreja, a Jesus e ao povo, como discípulo de Cristo.
Esta é a tõnica de uma pesquisa que estou fazendo e que pretendo publicar em um livro sobre o PE. BERNARDO.. Que tiver alguma contribuição em informação, documento ou fotografia, será muito bem acolhido. ( na foto abaixo, Pe. Bernardo participa da ordenação de Pe. Giovane Saraiva, no Mazagão em Capistrano)

Prof. Dr. Francisco Artur Pinheiro Alves
DoCurso de História da Universidade Estadual do Ceará
 e do Instituto Calumbi de Educação e Cultura.

sábado, 27 de setembro de 2014

FAIXA DE GAZA: A paz é o caminho



A situação da Faixa de Gaza é preocupante. Um conflito que parece eterno entre judeus e grupos palestinos que ali residem, tende a piorar cada vez mais. Esperava-se que houvesse a possibilidade de diálogo e a construção de um caminho para a paz, com tantas tentativas, tantos eventos em prol deste desiderato, mas não é isso que está acontecendo, pelo contrário as divergências chegaram a tal ponto que mais uma guerra explodiu e desta vez de forma muito mais violenta, sangrenta e mortífera que as anteriores, matando jovens, crianças, idosos e gente de todas as idades.
Do lado palestino a matança é esmagadoramente maior do que do lado judeu, isso por que o exército de Israel é de uma superioridade exponencial em relação aos militantes do Ramas e não tem piedade quando atacam.  Alegam que estão se defendendo dos ataques palestinos. Mas bem que poderiam apenas se defender sem atacar.
Como assim? Utilizando apenas o seu arsenal de baterias antiaéreas  altamente sofisticado, para interceptar os foguetes do Ramas. Assim o mundo inteiro iria entender que Israel estava apenas se defendendo  passaria a condenar o belicismo do Ramas. Ou seja, se Israel assim procedesse estaria reagindo a partir de um parâmetro  racional de não violência, dentro do conceito “gandhiano” de  luta, renunciando à violência.
Mas não é o que se ver e parece impossível acontecer, a não ser por u milagre divino. Israel não se contenta em se defender, apenas interceptando os tais  foguetes do grupo  Ramas, parte para o ataque, usando a estratégia de que a melhor defesa é o ataque.
Estrategicamente o Ramas, inserido em uma região densamente povoada, instala os seus  postos bélicos no meio destes espaços povoados e dizem até que junto a escolas, hospitais e outros espaços sociais. Não se sabe até que ponto isso é verdade, pois na guerra a verdade é a primeira e grande vítima. Resultado: os bombardeios aéreos e terrestres de Israel atingem os seus alvos e o que está na sua periferia, matando centenas de civis.
Apear das baixas de Israel serem infinitamente inferiores à dos palestinos, pela sua superioridade militar, não se pode esquecer que são vidas de jovens que tombam de forma prematura, por causa da intolerância  dos seus líderes  que não cedem um milímetro de suas estratégias militaristas .
Portanto, o conflito entre Israel e da Palestina incluindo o grupo palestino do Ramas é algo muito sinuoso, difícil de defender  um lado, a não ser o lado da paz no qual ambas as partes renunciam à guerra e passam a tratar suas profundas divergências através do diálogo.  Só há um a possibilidade de haver paz é quando ambas as partes resolverem  respeitarem-se mutuamente, cada um reconhecendo o direito de existência do outro, algo que está difícil de acontecer e que o ódio disseminado nos recentes combates e mortes resultantes destes, é algo improvável de ocorrer a curto e a médio prazos.

Resta pedirmos a Deus para abrandar os corações de todos os protagonistas deste teatro  belicoso e devastador de vidas, rogando que convençam-se de que a paz é o único caminho que lhes resta ,ainda que todas as teorias militaristas digam o contrário.
Artigo escrito em 27/07/2014
Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves do curso de História da UECE
Artur.uece@yahoo.com.br

GREVE NA UECE: Está na hora de fazermos um plebiscito antes de decretarmos uma greve.

GREVE DA UECE: PLEBISCITO JÀ
A decisão da última assembléia dos professores da UECE de entrar em greve imediatamente, foi tomada por cerca de 71 professores dos 106 presentes à assembléia. Como resultado da assembléia pode-se argumentar que foi a maioria quem decidiu, mas em relação ao conjunto dos professores da UECE, representa um contingente de menos de 10% da categoria. Isto pode levantar um questionamento, inclusive do governo, de que a  greve é ilegal, pois não foi decidida pela maioria do conjunto dos professores. Pode também suscitar dúvidas entre os professores e ser motivo de não adesão ao movimento.
Para que a decisão de uma greve seja realmente legítima é preciso que toda a categoria seja consultada e possa se manifestar: Votando a favor, contra ou se abstendo. Como fazer isso? Para mim só através de um plebiscito, como ocorre na UFC atualmente.
Um plebiscito, todos os professores teriam oportunidade de, no seu colegiado, centro ou faculdade, dar o seu voto, longe de pressões, como deve ser toda e qualquer consulta popular. O plebiscito é uma das  formas de democracia direta defendida por vários partidos políticos e de setores do movimento social. Após as manifestações de julho de 2013 o governo federal apresentou uma proposta de reforma política aprovada em plebiscito. O plebiscito é defendido por setores de vanguarda da política nacional e internacional. Por que não ser exercido por uma categoria profissional? Entendo que seria esta uma forma mais democrática e legítima para as decisões de grande  interesse dos professores e da sociedade cearense, como é o caso de se decretar uma greve numa universidade pública.
Esta é a proposta que faço aos colegas professores e a diretoria do sindicato da UECE, uma vez que sou daqueles que não sinto legitimidade em uma decisão tomada por um número bem inferior ao contingente de nossos professores.
Fica aí a minha proposta como contribuição ao debate, para ser avaliada, discutida, principalmente enriquecida  e criticada pelo conjunto de colegas de nossa universidade e pelo nosso colendo e bravo órgão de representação sindical o SINDUECE. Se nós aprovarmos uma fórmula de plebiscito para decisões tão importantes como a decretação de uma greve, seremos referência para os nossos funcionários, estudantes da UECE e de nossas co-irmãs UVA E URCA e ninguém poderá questionar a legitimidade de nossa decisão.

PROF. FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES
COORDENADOR DO CURSO DE HISTÓRIA – CH

Artur.pinheiro@uece.br

sexta-feira, 25 de julho de 2014

LANÇAMENTO DE LIVRO EM CARQUEIJA - DIOCESE

Neste sábado dia 19 de julho o prof. Artur Pinheiro lançou seu livro na casa grande onde o projeto que o mesmo analisa, foi sede na década de 1960. estiveram presentes vários participantes do projeto, dentre ele(a)s destacamos:

A professora LOURDENISE PINHEIRO ALVES, primeira presidente do CLUBE DE MA~ES e primeira diretora da escola;
CLEIDE SANTOS CUSTÓDIO, também membro do clube de mães e participante ativa do projeto
DOMINGOS SÁVIO PINHEIRO ALVES - SASSÁ - professor da escola radiofônica do MEB à ´poca do projeto;
MANOEL RUFINO, membro do projeto e uma das lideranças locais;
 O mestre da cultura de Capistrano SEABASTIÃO ALVES LOURENÇO;
O professor PEDRO JORGE PINHEIRO ALVES e mais dezenas de pessoas que compareceram para relembrar o fato histórico e prestigiar o lançamento do livro


RELEASE DO LIVRO

PROJETO CARQUEIIJA: uma experiência de educação popular e reforma agrária da Igreja Católica. O livro é o resultado de minha Dissertação de Mestrado, na FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFC. TRATA DE RESGATAR A EXPERIÊNCIA DA Arquidiocese DE FORTALEZA EM UMA FAZENDA DE SUA PROPRIEDADE, a época, na localidade de Carqueija em Capistrano, no bispado de Dom José de Medeiros Delgado. Dom Delgado como bispo que teve a experiencia do CONCÍLIO VATICANO SEGUNDO, percebeu a oportunidade de desenvolver um trabalho comunitário, de educação popular e de reforma agrária, na prática, com as terras pertencentes à Igreja. A fazenda foi uma doação do fazendeiro PIERRE AON, que não tinha filhos e deixou suas propriedades para a Igreja. Para desenvolver o projeto, Dom Delgado procurou o apoio da ANCAR-CE, da Universidade Federal do Ceará, através da FACULDADE DE AGRONOMIA da UFC que indicou o engenheiro agrônomo RAIMUNDO HOLANDA FARIAS, como coordenador,  e com a própria estrutura da Igreja através da Cáritas Diocesana, deu andamento ao projeto. Vários grupos comunitários foram criados: O clube de Mães, a Cooperativa Agrícola, A SAPEL, empresa agropecuária, o Clube quatro S, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais ESCOLAS REUNIDAS, ESCOLAS NOTURNAS DO MEB – Movimento de Educação de Base da CNBB. Tudo funcionava em conjunto. Foi uma verdadeira "revolução" na comunidade. Com as dificuldades de continuar o projeto, dada a sua abrangência, algumas atividades passaram para o domínio da prefeitura de Capistrano, como foi o caso da Escola, outras continuaram com o acompanhamento da paróquia o Sindicato mudou-se para Capistrano e ainda hoje existe, e outras foram encerradas. A terra foi doada aos moradores, configurando-se na reforma agrária, na prática. esta última fase já na gestão de DOM ALUÍSIO. Como ex-aluno da escola e membro do Clube quatro S, com idade entre 10 e 13 anos, fui protagonista dessa linda história. Quando cheguei no mestrado, na disciplina de Educação Popular, com a professora Maria Nobre Damasceno, fazer esta pesquisa, sob a orientação do prof. Dr. ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA MACHADO. Agora, depois de quase 20 anos resolvi publicá-la E fiz através da Editora Bagagem e do Instituto Calumbi de Educação e Cultura.

DADOS TÉCNICOS DO LIVRO:
Título: PROJETO CARQUEIJA uma experiência de educação popular e reforma agrária da Igreja Católica – STI
Autor: FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES
Bagagem Editora – Campina Grande-Pb
ISBN: 987-85-89254-55-7
113 páginas
Preço  unitário: R$ 20,00
Vendas com o próprio autor

DADOS DO AUTOR:

FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES

Contatos: 8853 0277 – 9164 8506 – 3484 0997



domingo, 25 de maio de 2014

salão comunitário

Convocamos a todos os nossos amigos e em especial os descendentes da CARQUEIJA DOS ALVES que estão em vários locais do país, para colaborarem com a campanha de construção do SALÃO COMUNITÁRIO DA LOCALIDADE, ao lado da capela de SÃO JOÃO BATISTA. Faça a sua doação. Ajude-nos a preserva o patrimônio material e imaterial de nossa comunidade. Esta construção fica do lado esquerdo da capela que está na foto.

domingo, 18 de maio de 2014

FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA 2014

O Prof. Pedro Jorge comunica que já estão em curso os preparativos da FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA de 2014, na Carqueija dos Alves em Capistrano. Oss festejo terão a ampla participação de outras comunidades, a cada noite uma, duas ou até três comunidades estarão presentes e responderão pela animação. Dentre os  objetivos dos festejos de São João Batista destacamos  dois: A pregação da Palavra e a unidade dos irmãos e irmãs da comunidade e de comunidades adjacentes, na busca de fortalecer os laços de fraternidade cristã.
Para nós que fazemos a REVISTA CAPISTRANO EM FOCO, é importante também destacar o caráter cultural e histórico da celebrações das destas de padroeiro. No caso de São João em Carqueija dos Alves, a festa remonta aos anos de 1933 pelo casal Pedro e Raquel Alves. A tradição de São

João veio da comunidade de Negreiros no Canindé, berço da família Alves. A decisão de construir a capela foi de Raquel Alves, após alcançar uma graça: a cura de seu esposo Pedro Alves de uma depressão.
Resta-nos convidar a todos e a todas para participar dos festejos de nosso padroeiro que começam dia 14 de junho com o hasteamento da bandeira e termina dia 24 com a Santa Missa.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ANIVERSÁRIO DO MESTRE SEBASTIÃO CHICUTE

Ontem, 24 de baril foi o dia do aniversário do  Mestre Sebastião Chicute, que completou 80 anos. Estava programada uma comemoração no TERÇO DOS HOMENS, mas devido a problemas de saúde, Sebastião deveria ir à Fortaleza, ao Hospital do Coração em Messejana, fazer uns exames médicos, a pedido de seu cardiologista.
A felicidade dele foi ter feito essa viagem, pois ao chegar ao hospital passou mal, foi atendido na emergência e ficou hospitalizado. Portanto o seu aniversário foi comemorado no hospital.  Sobre este fato escrevi uma crônica que enviei para o Jornal O POVO. Se for publicada replicarei neste blog. Mas o mais importante é o mestre está bem sob os cuidados médicos. Roguemos a Deus pela sua saúde.









sábado, 15 de fevereiro de 2014

ISONOMIA SALARIAL NO MAIS MÉDICOS:


Os médicos cubanos estão dando uma força na saúde do povo brasileiro, isso é fato. Por isso merecem receber o mesmo que os médicos brasileiros e médicos de outros países. Tudo bem que paguem os impostos ao governo de seu país, o imposto de renda, mas receber apenas 10% do que os outros recebem, é uma grande injustiça. Pra onde vai este dinheiro? Devemos cobrar isonomia no salário dos médicos de programa MAIS MÉDICOS, acho que esta bandeira deve ser assumida pelo sindicato e entidades médicas brasileiras: ISONOMIA SALARIAL NO MAIS MÉDICOS. É o mínimos que estas instituições do movimento sindical devem fazer.





Nossa homenagem à médica Ramona Rodríguez que denunciou esta situação e desistiu do programa.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Terceirizados



O programa "mais médicos" do Ministério da Saúde tem um objetivo salutar, que é suprir a carência de médicos no Brasil. Entretanto demonstra fragilidades e contradições, que expõem o governo e de seus apoiadores. Na primeira etapa o programa cadastrou médicos brasileiros, como as vagas não foram supridas, abriu inscrição para médicos estrangeiros e como ainda assim continuou havendo vagas, fez um convênio com o governo cubano para trazer médicos daquele país. Na verdade, este era o objetivo inicial e central do programa. Mas o que é curioso é que a forma de contratação dos médicos cubanos é diferente das dos demais. Os médicos dos outros países, onde há liberdade, eles próprios se inscreveram no programa e receberão a remuneração, que é de R$ 10.000,00, como um assalariado. 

Os médicos cubanos, não terão o direito inalienável de receber sues salários, o dinheiro será repassado para Cuba e o regime castristas é que os pagará, sabe Deus quanto e como. Ou seja é uma terceirização. O que é interessante é que, semana passada, ouvi vários pronunciamentos de líderes da CUT contra a PEC da terceirização que está em debate no Congresso e não ouvi nenhuma palavra destes líderes em relação a esta "terceirização internacional" na qual o governo brasileiro se eximirá de qualquer responsabilidade trabalhista os médicos que está contratando. Ao que parece, este tipo de terceirização é ainda pior do que a que se pratica no Brasil e, pasmem, com profissional de nível superior. Esta é uma das facetas do programa "mais médicos" que está muito nebuloso e o governo precisa ser mais transparente em relação a ele.

Francisco Artur Pinheiro AlvesProfessor de História da Uece
PUBLICADO ORIGINALMENTE NA COLUNA

Ideias

opiniao@diariodonordeste.com.br
Em 28.08.2013

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CANÁRIOS NA PRAÇA


Francisco Artur Pinheiro Alves
Prof. do Curso de História da UECE
E-mail: artur.uece@yahoo.com.br



Em um domingo destes pela manhã, ia passando de carro na rua paralela de uma determinada praça, num determinado bairro de Fortaleza, quando percebi que os pés de chanana da mesma, estavam lindamente floridos. 
A chanana flora o ano inteiro sempre pela manhã de 6 ás 11:00h, aproximadamente. As flores de chanana eram as únicas naquela praça e estavam de tal modo lindas, talvez por causa de uma falha da prefeitura, que não limpou o referido logradouro. Pois a prefeitura de Fortaleza, ao longo dos anos, não planta nada nas praças da periferia e ainda manda arrancar os pés de chanana que são flores naturais, não precisam ser irrigadas, não precisam ser plantadas e a natureza nos oferece em abundância. Mas elas têm uma grande inimiga a prefeitura da cidade que prefere as praças sem flores. Sugiro aos iluminados dirigentes municipais que quando mandarem limpar as praças separem o “joio do trigo”, há matos e há flores do mato. O mato e o lixo jogados por pessoas mal educadas, devem ser retirados, mas as flores não. E a chanana é uma flor e não causa feiúra às praças e aos canteiros centras, pelo contrário só causam boniteza.
Terminada a apologia à chanana volto para o relato inicial. Então ia eu bater a foto da torcera de chanana, quando percebi que ao redor dela havia uma rolinha e um casal de canário nativo. Fiquei parado, pelejando para acionar o celular, coisa que ainda não domino bem, para registrar aquele espetáculo da natureza. Temia que com medo de mim, o tal casal de pássaros voassem, eles foram se afastando mas não voaram. Até que enfim consegui registrar, mas sem muita qualidade. 
Já devia ter aprendido a andar com uma câmara fotográfica. Ah! Perdão, deixei de andar com câmara, por que a última vez que andei, deixei-a dentro do porta-luvas do carro enquanto assisti a reunião de pais do colégio, quando voltei tinham roubado. Mas mesmo correndo risco, tenho que voltar a andar com este equipamento precioso e treinar mais o uso do celular.
Apesar da perseguição dos traficantes de pássaros e da insensibilidade dos criadores de pássaros em cativeiro, notadamente os que criam em gaiolas, pois são estes os responsáveis pelo desaparecimento dos canários nativos e de tantas espécies de nossa fauna. Mas a natureza é sábia e mais uma vez faz milagres, como qualifico o fato de existir canário nativo em Fortaleza.
O certo e que testemunhar a existência de canários nativos, vivendo soltos, em Fortaleza, foi motivo de uma grande felicidade. Tanto é assim que resolvi escrever este pequeno artigo
Publicado na edição eletrônica DO DIA 1/02/2014 do JORNAL DO LEITOR do JORNAL OPOVO.