Francisco Artur Pinheiro Alves
(artur.pinheiro@uece.br)
Uma das
grandes avenidas de Fortaleza que não foi arborizada no seu todo pela
prefeitura, é a Osório de Paiva, que liga Parangaba ao anel viário em Maracanaú,
onde nasce a CE 065. A reforma e ampliação daquela importante artéria se deu na
administração Juraci Magalhães, que a arborizou apenas até a ponte do Rio
Siqueira, dali para frente as árvores que existem são pontuais, fruto da
iniciativa individual de algum morador local ou que nasceram espontaneamente.
Face a esta
realidade, entendemos que a PMF deveria realizar um projeto de arborização na
Osório de Paiva nesta próxima quadra invernosa. Para tanto, sugerimos que seja
utilizada a carnaúba, a árvore símbolo do Ceará. Defendemos esta tese por
intuição, na verdade não temos conhecimento técnico/científico sobre a matéria,
mas as experiências de plantação de carnaúbas adultas tem dado certo em espaços
urbanos, como é o caso da avenida Silas
Munguba. Por outro lado a carnaúba, pela sua beleza natural, embeleza a
cidade e não ocupa grandes espaços, o que favorece ao consórcio arborização e
ciclovia, que é o caso da avenida em pauta. A carnaúba também não atrapalha a
iluminação pública já existente na avenida, não trazendo nenhum prejuízo a
mesma.
Por outro lado
devemos registrar a abundância de exemplares da árvore na região, como é o caso
da fazenda da família Johnson, doada à UFC, em Maracanaú, às margens da CE 065.
Acredito que uma parceria entre a PMF e a UFC, poderia viabilizar o projeto
tornando-o menos oneroso para o contribuinte.
Ao colocarmos
este tema em debate, esperamos está contribuindo com o processo de arborização
da cidade de Fortaleza, com a valorização da carnaúba que, além de ser uma
árvore de valor comercial, pelos produtos que oferece à indústria e ao
artesanato, é também excelente no paisagismo urbano de nosso estado. Colocamos
o exemplo da Osório de Paiva, mas poderíamos está falando de qualquer avenida
de Fortaleza ou de cidade do interior.
Publicado no Jornal O Povo,
edição de 26/01/2018. Opinião pg. 25