A situação da Faixa de Gaza é preocupante. Um
conflito que parece eterno entre judeus e grupos palestinos que ali residem,
tende a piorar cada vez mais. Esperava-se que houvesse a possibilidade de
diálogo e a construção de um caminho para a paz, com tantas tentativas, tantos
eventos em prol deste desiderato, mas não é isso que está acontecendo, pelo
contrário as divergências chegaram a tal ponto que mais uma guerra explodiu e
desta vez de forma muito mais violenta, sangrenta e mortífera que as
anteriores, matando jovens, crianças, idosos e gente de todas as idades.
Do lado palestino a matança é esmagadoramente maior
do que do lado judeu, isso por que o exército de Israel é de uma superioridade
exponencial em relação aos militantes do Ramas e não tem piedade quando
atacam. Alegam que estão se defendendo dos
ataques palestinos. Mas bem que poderiam apenas se defender sem atacar.
Como assim? Utilizando apenas o seu arsenal de
baterias antiaéreas altamente
sofisticado, para interceptar os foguetes do Ramas. Assim o mundo inteiro iria
entender que Israel estava apenas se defendendo
passaria a condenar o belicismo do Ramas. Ou seja, se Israel assim procedesse
estaria reagindo a partir de um parâmetro
racional de não violência, dentro do conceito “gandhiano” de luta, renunciando à violência.
Mas não é o que se ver e parece impossível
acontecer, a não ser por u milagre divino. Israel não se contenta em se
defender, apenas interceptando os tais foguetes do grupo Ramas, parte para o ataque, usando a
estratégia de que a melhor defesa é o ataque.
Estrategicamente o Ramas, inserido em uma região densamente povoada,
instala os seus postos bélicos no meio
destes espaços povoados e dizem até que junto a escolas, hospitais e outros
espaços sociais. Não se sabe até que ponto isso é verdade, pois na guerra a
verdade é a primeira e grande vítima. Resultado: os bombardeios aéreos e
terrestres de Israel atingem os seus alvos e o que está na sua periferia,
matando centenas de civis.
Apear das baixas de Israel serem infinitamente
inferiores à dos palestinos, pela sua superioridade militar, não se pode
esquecer que são vidas de jovens que tombam de forma prematura, por causa da
intolerância dos seus líderes que não cedem um milímetro de suas
estratégias militaristas .
Portanto, o conflito entre Israel e da Palestina
incluindo o grupo palestino do Ramas é algo muito sinuoso, difícil de defender um lado, a não ser o lado da paz no qual ambas
as partes renunciam à guerra e passam a tratar suas profundas divergências
através do diálogo. Só há um a
possibilidade de haver paz é quando ambas as partes resolverem respeitarem-se mutuamente, cada um
reconhecendo o direito de existência do outro, algo que está difícil de
acontecer e que o ódio disseminado nos recentes combates e mortes resultantes
destes, é algo improvável de ocorrer a curto e a médio prazos.
Resta pedirmos a Deus para abrandar os corações de
todos os protagonistas deste teatro
belicoso e devastador de vidas, rogando que convençam-se de que a paz é
o único caminho que lhes resta ,ainda que todas as teorias militaristas digam o
contrário.
Artigo escrito em 27/07/2014
Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves do curso de História da UECE
Artur.uece@yahoo.com.br
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