quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

CANTIGAS DE REISADO


CANTIGA DE PORTA

Primeira parte:
Ôh de casa! ôh de fora!
Manjerona é quem está ai!
È o cravo e a rosa,
E a flor do bugari.

Eu cheguei na vossa porta,
Pus a mão na fechadura,
Eu falei vos não falaste,
Coração de pedra dura!
   
Santo reis do Oriente
Não dormia nesta hora
Ele foi para Belém
Visitar Nossa Senhora

Senhor rei do Oriente
Ele foi para Belém
Ele pediu a esmola para
Nós pedir também

Ó senhor abre esta porta
Pelo rei de meu amor
Por eu quero saber

Entre porta e porta e portais
Vi a chave tramilir
O arrasto da tramela
E a porta se abrir

Esta casa está bem feita
 Por dentro por fora não
Por dentro cravos e rosas
Por fora manjericão



Segunda parte

Abre esta porta
Por nossa Senhora
Que nós mora longe
Queremos ir embora
Que nós mora longe
Queremos ir embora


Abre esta porta
Se queres abrir
Abre esta porta
Se queres abrir
Que nós mora longe
Queremos seguir

Abre esta porta
Por nossa Senhora
Se quer vim dançar
Queremos agora

Abre esta porta
Por nossa Senhora
Se quer vim dançar
Queremos agora


CANTIGA DA CHAMADA DO BOI
Quando eu vejo as trovoadas
Meu amo
Pro lado do meu sertão
Me lembro de sela nova
meu amo
De meu cavalo e meu gibão
E de minhas vaquejadas,
meu amo
Nas florestas do meu sertão

Mas cadê o meu garrote,
meu amo
Eu não  vejo ele chegar
Hoje na primeira vez
meu amo
Ele veio se apresentar
Depois de tudo queremos,
meu amo
Com o senhor negociar

Mandei buscar este boi,
meu amo
Pelo mesmo cortador
Mandei buscar este boi,
meu amo
Pelo mesmo cortador

Esperei até agora,
meu amo
Ele ainda não chegou
Esperei até agora,
meu amo
Ele ainda não chegou

Vai chegando meu garrote,
meu amo
Meu novilho contente
Ele vem se apresentando
Meu amo
Com duas damas na frente
Vem mostra pra este povo,
meu amo
O santo rei do oriente

Já chegou meu garrote,
meu amo
Veio aqui pra este salão
Mandei buscar este boi
meu amo
Para saudar este povão
Da Carqeuija dos Alves
Na Capela de São João

CANTIGA DO BODE

Marieta amarra o bode
Que esse bode foge”
“Marieta amarra o bode
 Que esse bode “fode”.

CANTIGA DA BURRINHA
       
Minha burrinha bebe vinho
Bebe também aguardente
Arrenego deste bicho
Que tem vício feito gente.
Xô, xô bichinho,

CANTIGA DA PINTA
Penera, penera  pinta
Pintinha do meu pião.
Se tu não me der dinheiro
Eu rasgo teu esporão

FONTE: Alves, Francisco Artur Pinheiro. A Vida e a obra do Mestre Sebastião Alves Lourenço - Sebastião Chicute. Assunção Paraguai, 2012. Tese de Doutoramento. Universidade Autônoma de Assunção.

Realização:
Biblioteca comunitária Profa. Lourdenise Pinheiro Alves

Ecomuseu rural Raimundo Alves da Silva. Carqueija. Capistrano-CE

Apoio:
IPRA: Instituto Pedro e Raquel Alves

Instituto Calumbi de Educação  e Cultura


AGRADECIMENTOS:

Agradecemos o apoio das seguintes pessoas:
Iraneuda Fernandes, Luzia Prudêncio, Socorro Chicute, Sassá, Pedro Jorge, Djalma Goveia, D. Creusa, Manuel Chicute, Ana Paula, Angélica, Joana D’arc,
Agradecemos aos membros brincantes do REISADO DO MESTRE SEBASTIÃO CHICUTE

AGRADECEMOS o apoio da Prefeitura Municipal de Capistrano, na pessoa da Prefeita INÊS NASCIMENTO e a Secretaria de Cultura de Capistrano na pessoa de seu titular Alexandre Távora.

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