CANTIGA DE PORTA
Primeira parte:
Ôh de casa! ôh de fora!
Manjerona é quem está ai!
È o cravo e a rosa,
E a flor do bugari.
Eu cheguei na vossa porta,
Pus a mão na fechadura,
Eu falei vos não falaste,
Coração de pedra dura!
Santo reis do Oriente
Não dormia nesta hora
Ele foi para Belém
Visitar Nossa Senhora
Senhor rei do Oriente
Ele foi para Belém
Ele pediu a esmola para
Nós pedir também
Ó senhor abre esta porta
Pelo rei de meu amor
Por eu quero saber
Entre porta e porta e portais
Vi a chave tramilir
O arrasto da tramela
E a porta se abrir
Esta casa está bem feita
Por dentro por fora não
Por dentro cravos e rosas
Por fora manjericão
Segunda parte
Abre esta porta
Por nossa Senhora
Que nós mora longe
Queremos ir embora
Que nós mora longe
Queremos ir embora
Abre esta porta
Se queres abrir
Abre esta porta
Se queres abrir
Que nós mora longe
Queremos seguir
Abre esta porta
Por nossa Senhora
Se quer vim dançar
Queremos agora
Abre esta porta
Por nossa Senhora
Se quer vim dançar
Queremos agora
CANTIGA DA CHAMADA DO BOI
Quando eu vejo as trovoadas
Meu amo
Pro lado do meu sertão
Me lembro de sela nova
meu amo
De meu cavalo e meu gibão
E de minhas vaquejadas,
meu amo
Nas florestas do meu sertão
Mas cadê o meu garrote,
meu amo
Eu não
vejo ele chegar
Hoje na primeira vez
meu amo
Ele veio se apresentar
Depois de tudo queremos,
meu amo
Com o senhor negociar
Mandei buscar este boi,
meu amo
Pelo mesmo cortador
Mandei buscar este boi,
meu amo
Pelo mesmo cortador
Esperei até agora,
meu amo
Ele ainda não chegou
Esperei até agora,
meu amo
Ele ainda não chegou
Vai chegando meu garrote,
meu amo
Meu novilho contente
Ele vem se apresentando
Meu amo
Com duas damas na frente
Vem mostra pra este povo,
meu amo
O santo rei do oriente
Já chegou meu garrote,
meu amo
Veio aqui pra este salão
Mandei buscar este boi
meu amo
Para saudar este povão
Da Carqeuija dos Alves
Na Capela de São João
CANTIGA DO BODE
Marieta amarra o bode
Que esse bode foge”
“Marieta amarra o bode
Que esse bode “fode”.
CANTIGA DA BURRINHA
Minha burrinha bebe vinho
Bebe também aguardente
Arrenego deste bicho
Que tem vício feito gente.
Xô, xô bichinho,
CANTIGA DA PINTA
Penera, penera pinta
Pintinha do meu pião.
Se tu não me der dinheiro
Eu rasgo teu esporão
FONTE: Alves, Francisco Artur Pinheiro. A Vida e a obra do Mestre Sebastião Alves Lourenço - Sebastião Chicute. Assunção Paraguai, 2012. Tese de Doutoramento. Universidade Autônoma de Assunção.
Realização:
Biblioteca comunitária Profa. Lourdenise Pinheiro Alves
Ecomuseu rural Raimundo Alves da Silva. Carqueija. Capistrano-CE
Apoio:
IPRA: Instituto Pedro e Raquel Alves
Instituto Calumbi de Educação e Cultura
AGRADECIMENTOS:
Agradecemos
o apoio das seguintes pessoas:
Iraneuda
Fernandes, Luzia Prudêncio, Socorro Chicute, Sassá, Pedro Jorge, Djalma Goveia,
D. Creusa, Manuel Chicute, Ana Paula, Angélica, Joana D’arc,
Agradecemos
aos membros brincantes do REISADO DO MESTRE SEBASTIÃO CHICUTE
AGRADECEMOS
o apoio da Prefeitura Municipal de Capistrano, na pessoa da Prefeita INÊS
NASCIMENTO e a Secretaria de Cultura de Capistrano na pessoa de seu titular
Alexandre Távora.
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