terça-feira, 5 de julho de 2016

CARTA ABERTA À COMUNIDADE UECENA SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES






Caros colegas professores,
Caros estudantes,
Caros servidores adeministrativos,

PAZ E BEM!

É com sinceridade que me dirijo aos ologas professores, servidores e estudantes da UECE, para manifestar, com mais vagar e de forma pensada, minha posição sobre a greve atual, que passo a descrever:

1. Sempre fui a favor da luta dos professores, estudantes e funcionários, em relação às melhorias para a nossa querida universidade. Esta luta deve ser permanente, para a sustentabilidade desta instituição;

2. No presente momento, a grosso modo, a luta tem a segunte pauta: pela nomeação dos professores, pelo concurso para funcionários, pela ampliação das faculdades de Crateus e de Itapipoca, pela conclusão da obra de reestruturação dos campi do Itaperi e do CH-Fátima, pela construção dos RUs da FECLESC e FAFIDAM, pelo reajuste de nosso salários, pela inflação acumulada, detre outras igualmente importantes.

3. È uma pauta justa, necessária, legítima e que deve receber o apoio de todos os que fazem a UECE e da sociedade cearense. Todas as conquistas que tivemos até hoje na UECE foram fruto de muitas lutas. Nossa experiência na FECLESC foi marcada por isto. Para citar apenas um exemplo, conseguimos um terreno com a prefeitura de Quixadá e iniciamos, com muitos obstáculos, a construção da residência universitária da FECLESC; construímos a primeira ala, pois são duas alas na planta inicial, depois reformada na gestão da profa. Fátima Leitão. É pouco, mas foi a única do gênero constrruída pela UECE e por lá passaram muits alunos alguns dos quais são hoje profissionais e até professor da UECE, como é o exemplo do prof. João Álcimo Viana, ex-diretor do Cetitec-Tauá, e atual secretário de Educação daquele município. Participamos da maior luta que tivemos no passado pela nomeção dos professores concursados para as unidades do interior de 1983 a 1986, e por aí vai.

4. Atualmente estamos nesta luta, justa e legítima, como falei, mas na minha opinião com uma estratégia que está prejudicando e muito, nossos alunos da graduação, como é o caso da greve. A greve é o maior instrumento de luta da classe trabalhadora. Mas no caso de uma instituição de ensino público, a sua repetição constante e a sua prorrogação indeterminada, como está agora, com 60 dias de paralização, está prejudica, não o governo, mas os nossos alunos, a comunidades estudantil da grraduação, pois a pós graduação não parou, nem nesta nem nas greves anteriores. Então estamos prejudicando a parte mais fraca, neste jogo, nesta luta, os nossos alunos, razão pela qual existimos.

5. Devemos parar de lutar? Não. A luta deve continuar, mas com outras estratégias, de tal forma que dê visibilidade a opinião pública sobre a situação da UECE, denunciando o descaso do governo em relação à nossa universidade, mas sem um ônus tão pesado para o nosso alunado, como tem ocorrido nos últimos tempos e está a ocorrer neste momento.

6. Para mim, como já manifestei na greve anterior, a consulta para resultar na greve, não deveria ser somente a assembleia, esta é importante e deve ser a primeira instância deliberativa, mas respaldada por um plebiscito, por um referendum dos professores. Deveríamos aperfeiçoar nossos mecanismos de deflagração de greve com esta alternativa, tão decantada pelos que defendem a democracia na política governamental e que poderia ser exercida, experimentada no meio acadêmico. Que tal?

Isto posto, quero manifestar a minha proposta de pormos fim a esta greve de 60 dias, voltarmos ao trabalho e redefinirmos nossas estratégias para continuarmos lutando.

É nossa opinião, salvo melhor juízo. Peço a compresnção desde já, aos que pensam diferente, reivindicando, neste caso, o direito de opinião.

Fortaleza, 05 de julho de 2016
 
Prof. francisco Artur Pinheiro Alves - Curso de História CH