quarta-feira, 10 de abril de 2013

A SECA O DNOCS E O AÇUDE CASTANHÃO Prof. Francsico Artur Pinheiro Alves




A mídia tem nos trazido informações espantosas sobra a seca que assola o semi-árido brasileiro, a maior dos últimos 40 anos, segundo os analistas. Neste dia 19, dia de São José, vimos uma reportagem que nos causou estupefação: Um caminhão a percorrer as estradas da Paraíba recolhendo ossos de gado morto ás margens da rodovia, para a indústria afim. O motorista do caminhão, que antes comprava esta matéria-prima nos açougues, agora as recolhia em abundância na beira da estrada. Mesmo assim se mostrava desolado, como devem ter ficado os telespectadores.
Por outro lado o abastecimento d'água na zona rural e em muitas cidades pequenas está sendo feito precariamente, em carros pipa, deixando a população muitas vezes numa disputa por uma balde de água. As cidades maiores, muitas delas, estão enfrentando ou vão enfrentar, racionamento d'água se a quadra chuvosa não se normalizar neste mês de março. Portanto é uma situação muito preocupante.
O que é que o governo federal está fazendo para conter este problema, posto que é uma parte do Brasil que está passando por esta situação calamitosa, ninguém sabe. O órgão federal responsável pelo combate à seca, o nosso querido DNOCS, que construiu a maioria da infraestrutura hídrica ao longo de sua história, como por exemplo os açudes de Orós, Lima Campos, Choró, e Banabuiú, para citar os mais conhecidos, está em permanente crise desde o governo anterior, sofrendo os desatinos provocados pelas alianças eleitorais dos partidos que estão de plantão no poder. Neste cenário trágico da seca prolongada, o DNOCS era pra ser o mais importante órgão governamental, com uma política de combate aos efeitos e convivência com a seca, pois aquele órgão tem história, experiência e competência técnica para fazê-la.
Em relação ao abastecimento da região metropolitana de Fortaleza, a CAGECE informa que não há risco de racionamento, é verdade, mas sabe por que?, por causa do Castanhão, outro grande reservatório, também construído no passado, mais precisamente no governo Fernando Henrique Cardoso e que o governo do Ceará com seu plano de integração das águas, desde a década de 1990. o integrou ao sistema de abastecimento da capital e região metropolitana.
O exemplo da Castanhão e do sistema de integração das águas mostra que há solução, não de por fim à seca, mas de convivência com ela, o que é preciso é decisão política. Mas infelizmente nos acomodamos, elegemos governos após governos, aprovamos os governos em pesquisas com notas generosas, sem critérios mais rigorosos, baseados só na propaganda, na publicidade que nem sempre corresponde à realidade o resultado é este aí. É preciso reagirmos, não podemos ficar calados com esta situação, sob pena de sermos acusados de estamos coniventes com o status quo.
Francisco Artur Pinheiro Alves
Prof. De História da UECE.

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