sábado, 27 de setembro de 2014

FAIXA DE GAZA: A paz é o caminho



A situação da Faixa de Gaza é preocupante. Um conflito que parece eterno entre judeus e grupos palestinos que ali residem, tende a piorar cada vez mais. Esperava-se que houvesse a possibilidade de diálogo e a construção de um caminho para a paz, com tantas tentativas, tantos eventos em prol deste desiderato, mas não é isso que está acontecendo, pelo contrário as divergências chegaram a tal ponto que mais uma guerra explodiu e desta vez de forma muito mais violenta, sangrenta e mortífera que as anteriores, matando jovens, crianças, idosos e gente de todas as idades.
Do lado palestino a matança é esmagadoramente maior do que do lado judeu, isso por que o exército de Israel é de uma superioridade exponencial em relação aos militantes do Ramas e não tem piedade quando atacam.  Alegam que estão se defendendo dos ataques palestinos. Mas bem que poderiam apenas se defender sem atacar.
Como assim? Utilizando apenas o seu arsenal de baterias antiaéreas  altamente sofisticado, para interceptar os foguetes do Ramas. Assim o mundo inteiro iria entender que Israel estava apenas se defendendo  passaria a condenar o belicismo do Ramas. Ou seja, se Israel assim procedesse estaria reagindo a partir de um parâmetro  racional de não violência, dentro do conceito “gandhiano” de  luta, renunciando à violência.
Mas não é o que se ver e parece impossível acontecer, a não ser por u milagre divino. Israel não se contenta em se defender, apenas interceptando os tais  foguetes do grupo  Ramas, parte para o ataque, usando a estratégia de que a melhor defesa é o ataque.
Estrategicamente o Ramas, inserido em uma região densamente povoada, instala os seus  postos bélicos no meio destes espaços povoados e dizem até que junto a escolas, hospitais e outros espaços sociais. Não se sabe até que ponto isso é verdade, pois na guerra a verdade é a primeira e grande vítima. Resultado: os bombardeios aéreos e terrestres de Israel atingem os seus alvos e o que está na sua periferia, matando centenas de civis.
Apear das baixas de Israel serem infinitamente inferiores à dos palestinos, pela sua superioridade militar, não se pode esquecer que são vidas de jovens que tombam de forma prematura, por causa da intolerância  dos seus líderes  que não cedem um milímetro de suas estratégias militaristas .
Portanto, o conflito entre Israel e da Palestina incluindo o grupo palestino do Ramas é algo muito sinuoso, difícil de defender  um lado, a não ser o lado da paz no qual ambas as partes renunciam à guerra e passam a tratar suas profundas divergências através do diálogo.  Só há um a possibilidade de haver paz é quando ambas as partes resolverem  respeitarem-se mutuamente, cada um reconhecendo o direito de existência do outro, algo que está difícil de acontecer e que o ódio disseminado nos recentes combates e mortes resultantes destes, é algo improvável de ocorrer a curto e a médio prazos.

Resta pedirmos a Deus para abrandar os corações de todos os protagonistas deste teatro  belicoso e devastador de vidas, rogando que convençam-se de que a paz é o único caminho que lhes resta ,ainda que todas as teorias militaristas digam o contrário.
Artigo escrito em 27/07/2014
Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves do curso de História da UECE
Artur.uece@yahoo.com.br

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