quarta-feira, 12 de junho de 2013

Capistrano de Abreu: Um fato a ser lembrado ( Por João Leondenes Facundo de Sousa Júnior *)



O motivo deste artigo não é trazer fatos novos sobre o famoso historiador cearense Capistrano de Abreu, mas sim, relembrar alguns fatos da vida de tão ilustre pessoa. Isso se justifica por dois argumentos: o primeiro, porque se trata de alguém que cuja pesquisa foi fundamental para se conhecer a vida dos sertanejos e os padrões de sua época, o segundo, pela importância que foi cidadão brasileiro e ainda é, tido por muitos como fonte de uma erudição vista em poucos.
Capistrano, no ano de 1907, era considerado o mais importante historiador brasileiro por fazer parte, como colaborador de Varnhagen, da publicação da Historia do Brasil. Ao participar de um concurso sobre teses que abrangiam a formação história do Brasil, aberto pelo Imperador D. Pedro II, Capistrano mostrou-se de uma inteligência nunca antes vista no Rio de Janeiro, pois, ao apresentar sua tese a mesma já ganhara repercussão através da Folha Nova, que veiculava a seguinte afirmação: “Naquele jovem historiador vê-se a musculatura do historiador valente de que sentimos necessidades”[1]. O motivo de tal engrandecimento à Capistrano, é porque nele se desenvolveu uma novidade ao apresentar no seu estudo crítico uma visão diferenciada sobre o sertão, o que posteriormente constituirá, uma das suas maiores contribuições para a história do Brasil[2].
            Qualquer atitude de recontar os fatos da vida deste grande historiador é pequena. A história de grandes homens não se mede somente pelos fatos que ocorreram em sua vida, mas também, na atualização e no reconhecimento de sua contribuição para os povos de outras épocas. Com Capistrano, a história do sertão deixou de ser um simples causo no afã de uma larga historiografia, para tornar-se uma perspectiva da qual pode ser lida toda a história do brasileira.


[1] Folha Nova, 16 de agosto de 1883, reproduzido na Gazeta de 20 de agosto de 1883.
[2] CAPISTRANO, de Abreu João. Capítulos de história colonial: 1500-1800 & Os caminhos antigos e o povoamento do Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1992.
* Aluno do Curso de História da UECE, disciplina Laboratório de  Teorias da História, prof. Dr. FRANCISCO ARTUR PINHEIRO ALVES.

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